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Novembro Azul
20 de November de 2018

Novembro Azul

 

O simples fato da expectativa de vida dos homens ser sete anos menor que a das mulheres (segundo informações do censo de 2016, a expectativa de vida dos homens no Brasil é de 72,2 anos e das mulheres, 79,4 anos) já diz muito sobre os cuidados com a saúde masculina.

Apesar de enfatizar a conscientização sobre o câncer de próstata - doença cheia de mitos, mau vista pela classe masculina e que, por isso, tem sua prevenção levada pouco a sério - a campanha Novembro Azul trata da saúde masculina em geral.

Um levantamento americano demonstrou que a probabilidade de homens irem ao médico num período de dois anos é 50% menor que das mulheres. Além disso uma pesquisa do Centro de Referência da Saúde do Homem de São Paulo divulgou que 60% dos homens acima de 40 anos já chegam ao consultório médico com doenças diversas em estado avançado. Exatamente pela falta de prevenção e check-ups frequentes, dificultando tratamentos e baixando drasticamente as possibilidades de cura em certos casos.

O câncer de próstata, cheio de mitos e preconceitos culturais, MATA UM HOMEM A CADA 36 MINUTOS no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Cobertos pela justificativa da masculinidade e da relapsidade natural do homem, grande parte desses quase 15 mil mortos anuais deixaram seus diagnósticos para o momento crítico, em que - aí sim - o tratamento é invasivo, danoso, perigoso e menos eficaz.

Assim como no Outubro Rosa, em que a prevenção e diagnóstico são amplamente defendidos, é importante que aproveitemos o Novembro Azul para incentivar, insistir e apoiar os homens a frequentarem mais seus médicos, manterem exames de rotina e análise de eventuais questões hereditárias em dia. Além disso, na consulta médico é possível identificar hábitos que possam ser melhorados e/ou inseridos em seu dia-a-dia para a melhora da sua saúde e de sua qualidade de vida.

Em vários casos, principalmente para os homens que ainda têm receio, preconceito e até para os que não sentem real necessidade de visitas frequentes ao médico, o médico de família pode ser uma ótima opção: experimentado em diagnósticos e na rotina de prevenção de seus pacientes, é o especialista ideal mas desmistificar culturas errôneas, impressões negativas e também salientar a importância da frequência dos check-ups!